Cena ilustrativa com o livro original de aromaterapia de 1937, óleo essencial, lavanda e frascos âmbar sobre mesa de madeira
Imagem ilustrativa

História da aromaterapia: como um acidente virou ciência

Inspirada na obra de Gattefossé, esta imagem ilustrativa relembra como um acidente com óleo de lavanda marcou a história da aromaterapia moderna.

 

 

A história da aromaterapia é mais fascinante do que parece. Desde as civilizações antigas até os dias atuais, o uso dos aromas das plantas com fins terapêuticos já era uma realidade. Povos como egípcios, chineses, gregos e indianos extraíam óleos de plantas para cuidar da saúde, da pele e das emoções. Os egípcios, por exemplo, utilizavam incensos aromáticos em rituais religiosos e como forma de purificação nos templos. Mas foi apenas no século XX que esse conhecimento milenar ganhou um nome oficial: aromaterapia.

 

O acidente que marcou a história da aromaterapia moderna

René-Maurice Gattefossé era especialista em cosmetologia e trabalhava com perfumes e fórmulas para a pele. No início do século passado, enquanto trabalhava em seu laboratório, sofreu uma queimadura grave no braço. Movido pela urgência, ele mergulhou o braço no que pensava ser água, mas era na verdade, óleo essencial de lavanda.

Para sua surpresa, a dor aliviou rapidamente. Com o uso contínuo do óleo, a queimadura cicatrizou completamente, sem deixar marcas. Foi a partir desse episódio que ele passou a estudar mais profundamente os compostos presentes na lavanda. O que ele descobriu foi impressionante: além do aroma agradável, o óleo continha substâncias com propriedades terapêuticas reais.

Em 1937, Gattefossé oficializou esse conhecimento ao publicar o livro Aromathérapie, consolidando o nome da prática que conhecemos hoje. Essa publicação marcou um divisor de águas na história da aromaterapia moderna, trazendo pela primeira vez uma proposta organizada de uso dos óleos essenciais para promover bem-estar físico e emocional.

 

Jean Valnet e seu papel na evolução da aromaterapia

Outro nome importante nessa trajetória é o do médico francês Jean Valnet. Ele nasceu em 1920 e, anos depois, já como médico militar durante a Segunda Guerra Mundial, começou a aplicar óleos essenciais para tratar soldados feridos, especialmente em situações em que os antibióticos estavam em falta. Os resultados foram tão surpreendentes que ele passou a estudar com profundidade os óleos e suas aplicações clínicas.

Inspirado pelas descobertas de Gattefossé, Valnet ajudou a consolidar a aromaterapia dentro da medicina integrativa, mostrando que ela podia ser usada de forma complementar e responsável.

Hoje, no Brasil, a aromaterapia integra as chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), um conjunto de abordagens reconhecido oficialmente pelo SUS como apoio no cuidado ampliado à saúde.

A curiosidade de um químico diante de um simples acidente transformou o entendimento sobre o uso dos aromas na saúde e deu início ao que conhecemos hoje como aromaterapia moderna.

 

Se quiser conhecer mais sobre o uso dos óleos essenciais e descobrir maneiras de trazer o cuidado natural para o seu dia a dia, tem muita coisa especial esperando por você no blog.

Uma boa sugestão é começar pelo artigo sobre os benefícios da aromaterapia como terapia inalatória, uma forma simples e acolhedora de incorporar os aromas à sua rotina.

 

Angela Heringer, esteticista, pós-graduada em tricologia, práticas integrativas e em aromaterapia.

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