Imagem ilustrando a alopecia androgenética em mulher, com leve rarefação capilar visível.

Alopecia Androgenética: Causas e Como Estimular o Crescimento

Perceber que o cabelo está ficando mais ralo ou com falhas não é fácil para ninguém. Embora afete tanto a autoestima masculina quanto a feminina, o impacto emocional nas mulheres costuma ser mais profundo. Eu sou uma dessas mulheres “premiadas” com essa condição. A boa notícia é que há tratamentos eficazes para desacelerar esse processo e até estimular o crescimento de novos fios. Neste artigo, vamos explorar as causas da alopecia androgenética, os tratamentos disponíveis e como você pode cuidar do seu couro cabeludo para melhorar a saúde dos seus cabelos.

 

O que causa a alopecia androgenética

A alopecia androgenética é uma condição que afeta homens e mulheres, com maior prevalência nos homens. Ela está diretamente ligada aos hormônios andrógenos, presentes em ambos os sexos. A principal responsável nesse processo é a di-hidrotestosterona (DHT), que se forma quando a enzima 5-alfa redutase converte a testosterona em DHT. Uma vez formada, a DHT age nos folículos capilares, fazendo com que os fios fiquem mais finos, diminuam de tamanho e, eventualmente, parem de crescer, o que pode resultar em calvície.

Nos primeiros estágios, especialmente nas mulheres, o afinamento ocorre de forma mais difusa e gradual, o que torna a diminuição da densidade capilar mais perceptível. Nos homens, esse afinamento costuma aparecer de forma concentrada em regiões específicas, tornando a perda de cabelo mais evidente.

 

Alopecia Androgenética nos Homens

Nos homens, a alopecia androgenética aparece mais cedo e de forma mais visível. O que geralmente acontece é o cabelo começar a afinar nas regiões temporais (entradas) e no vértice (topo da cabeça). O afinamento dos fios e a diminuição da densidade capilar nessas áreas são os primeiros sinais de que algo não está certo. Embora a queda também possa acontecer, o sinal mais marcante da alopecia androgenética masculina é o afinamento progressivo dos fios. O processo é bem gradual, mas fica claro logo nos primeiros estágios, o que facilita o diagnóstico.

 

Alopecia Androgenética em Mulheres

A alopecia androgenética nas mulheres aparece de forma mais discreta. Ao invés da calvície ou das “entradas” típicas nos homens, o que geralmente acontece é um afinamento mais difuso, principalmente na parte superior da cabeça, onde a gente costuma dividir o cabelo. Ao contrário do eflúvio telógeno, onde a queda de cabelo é perceptível, na alopecia androgenética o afinamento e a perda de densidade capilar são graduais e nem sempre dá pra perceber logo no início. Algumas mulheres, no entanto, podem notar que a queda aumenta com o tempo, mas é importante lembrar que essa perda nem sempre está relacionada apenas à alopecia androgenética. Mudanças hormonais, estresse, deficiências nutricionais e até o uso de química também influenciam na saúde capilar.

Outra característica da alopecia androgenética nas mulheres é que, ao contrário dos homens, a linha frontal geralmente permanece preservada.

Mesmo assim, o impacto emocional costuma ser mais profundo. Isso porque os padrões estéticos ainda cobram das mulheres uma aparência que associa cabelo cheio à feminilidade e juventude. E quando os fios começam a afinar, muitas sentem vergonha, insegurança ou até evitam penteados que revelem a raiz. É claro que os homens também sofrem com a perda capilar, mas para as mulheres esse processo mexe com questões de identidade, aceitação e autoestima de forma diferente. E isso precisa ser acolhido com respeito, tanto na abordagem profissional quanto no olhar sobre si mesma.

 

Tratamentos para Alopecia Androgenética

Embora a alopecia androgenética seja uma condição crônica e sem cura definitiva, tratamentos eficazes podem ajudar a controlar o processo e até mesmo estimular o crescimento de novos fios. Abaixo estão alguns dos tratamentos mais comuns:

 

Reguladores da DHT: Finasterida e Dutasterida

A finasterida e a dutasterida são medicamentos usados para regular a produção de DHT, bloqueando sua formação. Ambos os medicamentos atuam na enzima 5-alfa redutase, mas com algumas diferenças importantes:

  • Finasterida: Atua principalmente sobre o tipo 2 da 5-alfa redutase, reduzindo os níveis de DHT no couro cabeludo. É o medicamento mais comumente prescrito para alopecia androgenética em homens.
  • Dutasterida: Atua tanto sobre o tipo 1 quanto sobre o tipo 2 da 5-alfa redutase, sendo mais potente que a finasterida. Por sua ação mais ampla, a dutasterida é frequentemente usada em casos mais graves de alopecia androgenética.

Importante: Esses medicamentos devem ser usados com cuidado, especialmente em mulheres em idade fértil, devido ao risco de efeitos colaterais, como má formação fetal. Vale lembrar que, assim como qualquer tratamento, os efeitos colaterais e resultados podem variar de pessoa para pessoa, tanto para homens quanto para mulheres. Por isso, é fundamental sempre consultar um dermatologista antes de iniciar qualquer tratamento.

 

Terapias de Estimulação Capilar

Além dos medicamentos que regulam os hormônios, algumas terapias de estimulação capilar têm se mostrado eficazes no tratamento da alopecia androgenética. Essas terapias ajudam a melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo, a absorção de ativos e promovem a regeneração celular. Aqui estão algumas das opções mais comuns:

  • Microagulhamento (ou MMP): Utiliza agulhas finas para criar microlesões no couro cabeludo, o que estimula o crescimento capilar e ajuda os ativos terapêuticos a penetrarem melhor.
  • PRP (Plasma Rico em Plaquetas): O plasma do próprio sangue do paciente é usado para fortalecer os folículos capilares e estimular o crescimento dos fios.
  • Intradermoterapia Capilar (ou Mesoterapia): Consiste em aplicar substâncias terapêuticas diretamente no couro cabeludo, promovendo a regeneração capilar.
  • Terapia com Luz de Baixa Intensidade (LED/LLLT): Estimula a circulação sanguínea e a regeneração celular no couro cabeludo, auxiliando no crescimento capilar e também ajudando a reduzir inflamações.

Nos casos mais avançados de alopecia, o transplante capilar costuma ser uma alternativa eficaz. A técnica consiste em retirar os folículos de regiões menos sensíveis à ação da DHT, como a parte de trás da cabeça e as laterais, para então implantá-los nas áreas com falhas ou afinamento.

 

A Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce é essencial para garantir que o tratamento funcione de forma eficaz. Quanto antes você começar, mais fácil será controlar a progressão da alopecia e ter resultados melhores na recuperação dos fios. O primeiro passo é sempre procurar um dermatologista para identificar a condição e escolher o tratamento certo para o seu caso.

 

Conclusão

A alopecia androgenética é uma condição difícil, mas com os tratamentos certos e o diagnóstico precoce, você pode controlar o processo e até estimular o crescimento de novos fios. Não deixe para depois, busque ajuda especializada, pois o tratamento correto faz toda a diferença no sucesso do tratamento.

Além disso, escolher os produtos certos para o seu cabelo é essencial para potencializar os resultados. Aqui no blog, temos um artigo com alguns dos shampoos mais recomendados pelos dermatologistas. Vale a pena dar uma olhada para escolher o ideal para o seu caso. Veja aqui!

 

Angela Heringer, esteticista, pós-graduada em tricologia, práticas integrativas e em aromaterapia.

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3 comentários sobre “Alopecia Androgenética: Causas e Como Estimular o Crescimento”

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